Estava num bar, ouvindo a Karen, e súbito tive uma revelação. É preciso ouvir a Karen com atenção, pois a fala kareniana é complexa. Ela diz que não acredita numa história de um pescador, e defende-a contra todos os ataques boêmios que contra ela se levantam. Ela diz sempre que não é ongueira, e fala a favor das ONGs que menciona, e outras que não conhece. É preciso compreender a Karen, e eu sou lento para entender as pessoas, ainda mais a Karen.
Pois bem, a Karen estava falando de um tempo em que estava abalada. E como ando ouvindo tanto falar de etimologia como verdade, comecei a pensar na origem da palavra, e foi quando surgiu a revelação: a, do grego, significa negação, ausência; balada, do francês ballade, deu origem ao termo que designa os seres humanos se jogando incessantemente em festas, orgias, esbórnias, sempre com muita música dançante. Abalada é pessoa sem balada. E não há como não pensar assim. Viu que é preciso muita perspicácia com a Karen.
A Karen, tadinha, ficou um tempo sem balada. Mas esse tempo já passou. Eu estava num bar, ouvindo a Karen. A Karen anda numa balada sem fim. A Karen, para falar bem a verdade, está hiper-badalada.
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